O que eu aprendi com a Copa do Mundo de 2014

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Uma pena essa copa do mundo de 2014 não ter acontecido daqui 4 anos. Eu teria tantas coisas pra ensinar pro Dudu através dela.

Com pouco menos de três anos não entendeu muita coisa. Amou a festança e os gols. Pouco se importou pra qual lado era, ou de quem era.

Gol da Alemanha” está na ponta da língua dele até hoje. Alguém imagina o porquê?

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Passei a amar Copa do Mundo esse ano. Sempre achei legal, assisti aos jogos, mas nada que me fizesse sofrer, gritar e vibrar como dessa vez.

Deve ser porque é a primeira copa que assisto casada e eu não tinha muita opção: ou eu amava ou me mudava de casa, porque a tv da sala transmitiu TODOS os jogos.

E também porque quero incentivar a paixão pelo esporte no Dudu. É mais ou menos como o espírito natalino.

Depois que virei mãe parece que voltei a ser criança no natal, estou até achando que papai noel existe!

Muitos acontecimentos de uma Copa do Mundo são metáforas de verdadeiras lições de vida. Essa, em especial, foi sim a Copa das Copas no quesito aprendizado!

A torcida brasileira unida, o patriotismo, o resgate do hino com garra, grito e olhos cheios d’àgua, uma verdadeira mobilização nacional.

Tudo pela paixão pela seleção, pelo Brasil, pelo futebol. Falem mal do que quiserem: falhas na estrutura, desorganização, corrupção, políticos aproveitadores. Sei bem que tudo isso existe aos montes.

Mas é o único evento capaz de unir pobres e ricos e movê-los pela mesma paixão.

Quero ver meu filho crescendo apaixonado pela nossa seleção, é um grande passo pra que ele seja apaixonado pelo nosso país e assim, lutar pelos seus direitos e contra o verdadeiro circo em que estamos vivendo.

Como em todo esporte, o ato de torcer ensina a lidar com as frustrações e os imprevistos da vida. Aquele fatídico 7×1 derramou lágrimas em muitas crianças (e adultos, oi!) por todo o país.

Aperta o coração, mas é a hora certa de explicar esse sentimento às crianças, de ser solidário com sua dor, de mostrar que ela não está sozinha, e o mais importante: que vai deixar marcas, mas como tudo na vida, vai passar.

O mais brilhante de tudo, na minha opinião, foi a vitória da Alemanha. Eles deram um show em tudo! Acredito que esse resultado tenha sido ótimo não só pra eles, mas um grande tapa de luva em tudo o que o Brasil se apoiava.

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Uma seleção de jogadores, e não de um só jogador. Um verdadeiro time. Equipe unida, em sinergia, que valoriza e inclui o convívio familiar como um dos fatores determinantes para o sucesso.

Que mais do que garra e vontade de vencer, tem planejamento, estratégia e organização.

O “jeitinho”e o improviso foram vencidos pela determinação e seriedade, mas sin perder la ternura, como já dizia Che.

A postura fora de campo e o respeito com o próximo foi o que mais me surpreendeu, vindo de um povo do qual se diz que a frieza é a principal marca.

Frieza porque não gritam, abraçam, beijam e comemoram feito a gente? Que frieza a nossa achar que isso define o sentimento de um povo!

Talvez sejam mais racionais e contidos, mas colocaram-se em nosso lugar e, em momento algum, tiraram sarro ou nos humilharam pela verdadeira lavada que nos deram.

Pelo contrário, afirmaram-se tristes. E na minha opinião, não fizeram mais gols por pura consideração e respeito. Será que a gente faria o mesmo com eles?

Ah, esqueci de falar sobre as obras de caridade e contribuições que deixaram ao povo do nordeste. Ô povinho frio, não?

No futebol, assim como na vida, infelizmente nem sempre vence o maior merecedor. Essa Copa foi de quem fez por merecer.

Por isso queria que o Dudu pudesse ter entendido melhor. É tão mais fácil ensinar quando tudo faz sentido!

E a maior lição de todas foi, com certeza, mandar os hermanos pra casa sem ganhar o título no nosso Maraca! (só pra não perder o costume da piada).

Agora acabou a mamata de folgas e o ano finalmente começa no Brasil!

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Fui!

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