Medos meus, medos nossos

Eu nunca tinha parado pra pensar na quantidade de medos que uma mulher acrescenta à sua vida sendo mãe.
Eu considero que existem dois tipos de medo: aqueles velhinhos, que já eram meus (e muitas vezes potencializados pela maternidade) e os novos medos.
Esses são os que a gente jamais imaginaria ter se não tivesse filhos. Sorte de quem não sente. Mais sorte ainda de quem sente.
Sei que o blog também tem leitoras “tentantes”, e juro que intenção não é desencorajar. Mas que chega um monte de medos novos com a maternidade, ô se chega! Sorte que o amor é maior.
Hoje resolvi abrir meu coração e contar pra vocês os meus maiores medos, como mãe e como pessoa também (tem medo besta aí, mas vamos respeitar!).
E dá medo só de escrever. Mas é bom desabafar.
Meus medos depois de ser mãe
- de perder meu filho
- de perder minha família
- de morrer e deixar meu filho
- de faltar saúde
- de faltar dinheiro
- de meu filho ser um adolescente problema
- de meu filho ser um adulto problema
- de eu ser uma mãe problema
- de meu filho casar com uma piranha (ué!)
- de eu não conseguir ser firme na educação
- de saltar de paraquedas (só porque posso morrer)
- de meu filho ser gay (antes de julgar, leia o post)
- de meu filho sofrer bullying na escola
- de não ter netos
- de ser uma velha chata
- de ser uma velha sozinha
- de ter bafo e ninguém me falar
- da minha mãe
- de ter os defeitos da minha mãe (e tenho vários)
- de mudanças radicais
- do dia em que o Dudu vai sair de casa (esse é punk!)
- do meu filho não se orgulhar da família que tem
- de não ter um segundo filho
- de que meu filho use drogas
- de aranha
- de espíritos
- de assaltos
E mesmo com essa cambada de medos – velhos e novos – eu me considero uma pessoa muito mais corajosa e bem resolvida depois que eu virei mãe.
Porque o medo aumenta. E a coragem ainda mais!
Vai entender.