Histórias de maternidade – Parte 2

A maternidade é um momento singular que carrega experiências extraordinárias!

Cada história é única, mas ao mesmo tempo ninguém tá sozinha: mães solo, mães adotivas, mães que trabalham fora, mães que não trabalham (fora), mães atípicas, mães depois de muitas tentativas, mães que nem queriam ser mães, mães que se reinventaram, mães incríveis….

Mães de tudo que é jeito, porque queremos mostrar que a maternidade é plural e não pode ser colocada numa caixinha.

Durante esse mês das mães, vamos contar as histórias de várias mulheres para homenagearmos e celebrarmos esse momento tão especial juntas!

Gravidez e depressão, uma combinação difícil. Quando se viu grávida no meio de uma forte crise depressiva, a Mabi (ou Maria Gabrielli, do @m4brisa) se sentiu no olho de um furacão. “Tive muito medo de não dar conta desse grande desafio. Quando Ayô nasceu e eu vi o rostinho dele pela primeira vez, consegui sentir aquele amor de mãe.

Apesar de um parto difícil e até violências obstétricas, Mabi conta que conseguiu amamentar desde o comecinho. “Amamentar meu filho é minha grande conquista. Amamentar não é sobre amor, é também sobre resistência, saúde, trabalho. Buscar informação de qualidade visando uma criação mais consciente, foi algo que me deixou mais segura do meu maternar, até porque ninguém nasce sabendo ser mãe, nós nos tornamos mães.

Tendo completado 1 ano recentemente, Ayô foi dos primeiros “bebês da pandemia”. O puerpério, que sempre foi um momento delicado e difícil para todas as mães, tomou proporções absurdas com a crise da Covid que ainda assola o Brasil. “A falta de rede de apoio em tempos de pandemia dificulta tudo por aqui. Me sinto sobrecarregada, cansada.”

Sabemos que a maternidade está longe de ser fácil, e romantizá-la não ajuda ninguém. Mas a Mabi, apesar das muitas dificuldades, consegue ver também beleza e alegria no dia a dia como mãe. “A maternidade transformou tudo na minha vida! Potencializou desejos que estavam guardados aqui dentro, me fez repensar os caminhos que eu queria seguir. Me deu forças pra cuidar da minha saúde mental. Consegui compreender melhor a minha mãe e olhar pra ela com mais afeto.”

A empatia e a compreensão que a maternidade traz não é só para os outros, mas também pra dentro! E a Mabi conseguiu perceber isso muito bem. “Ao cuidar do meu filho, tenho acesso a muitas lembranças da minha infância! Algumas felizes, outras dolorosas.”

A Mabi estuda pedagogia e mostra um pouco da vida e do dia a dia dela (além do FOFÍSSIMO Ayô) no @m4brisa, segue lá!

Gravidez de gêmeos, parto prematuro, UTI neonatal e autismo: essa é a história da Camila, do @osgemeosdaca, que agora está também grávida da Júlia!

A Cá sempre sonhou em ser mãe, do tipo que pensa nisso desde criancinha quando brincava de boneca. Mesmo pra quem planeja e deseja muito, a vida não cansa de mostrar que o único controle que a gente tem é o da TV. A primeira surpresa é que eram 2 bebês de uma vez só!

Depois de um parto prematuro com 34 semanas e 17 dias dificílimos de UTI, Camila pensou que agora a vida ia entrar “nos eixos” que ela sempre sonhou. Mas de novo, a vida mostrava que os eixos na verdade eram outros. “Ao longo do primeiro ano de vida tudo ia bem, até que com 1 ano e 3 meses bateu em nossa porta uma visita indesejável… O tal do autismo começou a nos rondar e iniciamos a batalha de investigação.

O diagnóstico de autismo é super complexo e muitas vezes difícil de concluir, então foram muitos meses até conseguir o “sim” definitivo. “Tivemos o fechamento do diagnóstico deles com 1 ano e 10 meses e desde então nossa vida gira em torno de terapias intensivas.”

No dia a dia corrido de uma maternidade atípica, a Cá e o marido deixaram dormente um sonho antigo. “Mesmo tendo os meninos eu ainda tinha um desejo, que sempre rondava meus pensamentos e meu coração: passar por uma gestação única, tranquila e ter a nossa tão sonhada menina.”

A vida, essa caixinha de surpresas, não tinha acabado de mostrar pra Camila que já tinha tudo planejado pra ela: “Em dezembro de 2020, mês em que eu iria colocar DIU, meu ciclo bagunçou e eu engravidei”. Não foi fácil e ela passou por momentos de angústia, medo e até vergonha. Mas a fé e a resiliência que só a maternidade traz a ajudaram a seguir em frente e curtir essa gravidez! 

Hoje ela espera sua tão sonhada Júlia, com Noah e Theo pra dar ainda mais força e coragem! Lá no @osgemeosdaca ela conta tudo sobre o desafio que é a maternidade atípica e o seu cotidiano!

E quando a maternidade vem atropelando a vida, que parecia tão “encaminhada”? Promoção recente, foco na carreira, sem parceiro fixo. A @giulianatosi passou por uma verdadeira avalanche de sentimentos quando se viu grávida do seu filho Romeo, aos 30 anos.

“Eu sempre disse que queria ser mãe um dia. Sou filha de uma mãe solo e sempre enxerguei na maternidade um poder que gostaria de um dia alcançar.” Giu conta que chegou até a cogitar uma produção independente, mas só depois dos 35 anos, pois queria focar na carreira.

Quando, aos 30, se viu sozinha num banheiro fazendo aquele teste de gravidez “só por desencargo” que acabou dando positivo, ela viu o mundo cair. “Eu sempre controlei muito bem a minha vida, os meu passos, as minhas decisões. Estava há 6 meses num novo cargo, acabava de ser promovida, não tinha uma relação formal. ‘Como assim? Como comigo? Eu tomei a pílula. Eu sou uma mulher super esclarecida! e etc. eram coisas que não saíam da minha cabeça.”

Apesar de fisicamente saudável, a gravidez da Giu foi muito difícil. “Eu não me sentia feliz, eu não gostava de falar sobre. Mas, de alguma forma, eu sabia que amava aquele serzinho que estava ali, crescendo dentro da minha barriga”. Ela também conta que não quis casar com o pai do bebê, e que isso causou algumas situações difíceis nas duas famílias. “Não escolher o momento em que seria mãe já era demais pra mim. Não escolher o meu marido não era uma opção.”

Foi um momento difícil, mas que culminou numa explosão de sentimentos maravilhosos. “O Romeo nasceu e eu entendi tudo. Tinha que ser assim, porque só podia ser ele. Somos incrivelmente conectados. O amor que me tomou quando coloquei meus olhos nele foi a coisa mais transformadora que eu já pude viver”. 

Hoje, a Giuliana é super feliz e realizada como mãe. “Me adaptei muito bem a ele, nos conectamos muito rápido. Eu o aceitei também, do jeito que ele quis ser sempre: mamá livre, cama compartilhada, introdução alimentar no tempo dele…”

Desejamos cada vez mais amor e sucesso na vida da Giu e do pequeno Romeo que, de tanto bagunçar, botou a vida dela exatamente onde devia estar!

Se tornar mãe pouco tempo depois de perder a sua própria e ver a sua vida aparentemente “estável” virar de cabeça para baixo em menos de um ano: essa é a história da Gabriela, @gaacunha, mãe da Cecília, de 1 ano e 5 meses.

“Num período de 9 meses, a minha vida virou de cabeça pra baixo e mudou completamente. Minha mãe faleceu de uma forma repentina, pegando todos nós de surpresa, acarretando muitas dores e tristeza na nossa família. Meses depois fui desligada da empresa que trabalhava.”

Gabriela conta que até foi chamada para voltar ao trabalho um tempo depois, mas decidiu dedicar seu tempo ao pai e aos irmãos, já que a família estava num momento difícil. “Meu relacionamento estava por um fio, já havia praticamente acabado. Até que descobri a gravidez. Foi como uma montanha russa, na subida, quando tudo na minha vida estava sob o meu controle, tudo seguindo conforme planejado e esperado, era só alegrias. De repente, tudo muda, e nessa descida era só frio na barriga.”

Quando se viu grávida, ela ficou apavorada achando que não era o momento certo. Mas como a vida acontece independente do que a gente planeja – e no fim das contas tudo se ajeita, hoje a Gabi percebe que foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. “Hoje eu vejo que era exatamente o melhor momento da chegada da Cecília! Nada acontece por acaso, e ela chegou ao mundo me transbordando de amor e trazendo alegria pra toda a família! Ela foi a minha luz, a minha bênção! E ela trouxe muito mais sentido à vida!”

A maternidade é cheia de contradições, mas acaba deixando tudo tão mais interessante! “É difícil conseguir 5 minutos pra tomar um banho sozinha e sem interrupções, mas saímos do banho direto para dar um cheirinho neles. É torcer pra que eles durmam logo para que possamos fazer todos nossos afazeres, mas ao mesmo tempo não ver a hora de acordarem pra gente pegar no colo e ficar grudadinha.”

Maternar é se adaptar e aprender a cada dia, e a Gabriela parece ter entendido isso muito bem! Desejamos muito amor e sorte nesse caminho que já é tão lindo! 

Um diagnóstico de endometriose que parecia impossibilitar uma gravidez, que aconteceu mesmo assim! Além disso, complicações no parto que poderiam ocasionar sequelas graves marcaram o nascimento do Alexandre, hoje com 4 anos. Essa é a história da Eduarda @eduardalarronda.

Aos 23 anos, ela foi diagnosticada com endometriose e, a partir dali, entendeu que seria muito difícil engravidar. Como sempre quis ser mãe e sabia que a adoção podia levar muito tempo, resolveu que entraria na fila o quanto antes. No entanto, antes disso acontecer, ela se descobriu grávida, contra todas as probabilidades. “O pai dele aceitou maravilhosamente bem e me deu forças para amar aquele momento e desfrutar de cada segundo da gestação.”

O parto foi natural e super difícil – mas nada se comparou ao que veio depois: quando não ouviu o choro do seu bebê após o parto, ela sabia que havia algo errado. “Chorei por não saber o que estava acontecendo, por que o meu roteiro não poderia ser lindo igual aos filmes e as histórias de outras mães?” 

Eduarda descobriu que seu bebê havia sofrido falta de oxigênio durante o parto, o que poderia causar sequelas graves por toda a vida, embora ainda não soubessem a dimensão. No entanto, depois de alguns exames inalterados e nenhum coágulo, todos ficaram otimistas.

“Por meses tudo correu bem, até que percebi que os marcos de desenvolvimento do Ale eram diferentes dos bebês das minhas amigas, sentar, rolar, etc. Aos 6 meses procuramos ajuda e iniciamos fisioterapia com ele.”

Foi constatado que o Ale tem um quadro de quadriplegia, quando todos os membros são afetados de alguma forma. “Conseguimos todos os melhores tratamentos e hoje o Ale tem apenas uma dificuldade na mãozinha direita.

Eduarda leva tudo com muita leveza e hoje curte muito o seu filho, que foi um impulso para ela empreender e se dedicar cada dia mais. “Eu sempre vi ele como objetivo de tudo, ele lutou muito para estar aqui, e então eu não poderia ser diferente em tudo que eu me proponho a fazer.

Guerreira é pouco! Desejamos tudo de melhor pra você e pro pequeno Ale!

Depois de três anos tentando engravidar, a Brunna – @brunnatayer, 40 anos, estilista e empresária em Floripa, finalmente pôde trazer ao mundo o pequeno Arthur, um legítimo e muito amado “bebê da pandemia”!

Eu e o Léo, meu marido e parceiro de vida, sentíamos um desejo enorme de dividir nossa visão de mundo com um filho. Educar, compartilhar nossas experiências de vida com o fruto do nosso amor.”

Foi com esse sentimento leve e tranquilo que, apesar de não entenderem exatamente a causa da dificuldade para engravidar, eles seguiram nas tentativas, mas preferiram se manter apenas nos métodos naturais, acreditando que, se fosse pra acontecer, assim seria. “Descobrimos que o Arthur não viria para tapar algum buraco emocional, pelo contrário, nosso relacionamento sempre foi muito feliz e continuaria assim, com ou sem filhos.

E foi desse jeito tranquilo que, em fevereiro de 2020, num último suspiro da vida pré-pandemia, a Brunna se viu finalmente esperando o seu tão desejado bebê. Ela foi uma grávida sossegada e radiante, e assim continuou após o nascimento do Arthur, em dezembro do mesmo ano.

Hoje ela se vê plena e realizada, vivendo o que sempre sonhou e vivendo os desafios como aprendizados, nunca como obstáculos. “Me realizo muito como mãe, não sinto dificuldade no meu dia a dia, tenho muito prazer nesse desafio diário”.

Essa calma e plenitude certamente servem de inspiração pra muita gente, pois mesmo sendo difícil, a maternidade nos ensina muito e faz com que sejamos cada vez mais gratas, resilientes e fortes.

Aconteça que acontecer, precisamos manter a calma e a alegria de viver. Quando temos um bebê, temos que compreender que ele vê o mundo a partir de nós, e isso nos torna ainda mais responsáveis por sua felicidade”.

Desejamos tudo de mais lindo pra essa família incrível!

Quantas mãe guerreiras com histórias incríveis, né? 🥰

Todas as semanas de maio estaremos compartilhando mais histórias lindas como essa no nosso blog e no instagram da marca!

Clique aqui para ler a primeira parte!

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